Delírios Musicais
e sábio é aquele que as põem em prática”.
I
Um jovem homem quer viver
Os seus sonhos, suas aspirações
Mas lhe roubam a liberdade
Lhe deixando só as ilusões.
Ele luta nesta guerra
Quer viver então ele corre
E defende a sua terra
Mas a morte lhe sorri.
A ira mata o insensato
A inveja mata o imbecil
Quais as armas para lutar,
O coração, ou o fuzil?
II
A noite transpassa meus ossos
E as sombras me consomem
Os males que não descansam
Por dentro me corroem
E é a tua boca que te condena
E não sou eu
Os teus lábios testemunham
Contra os seus.
Não é em tua piedade
Que se encontra a confiança
Não é na tua integridade
Que se encontra a segurança.
III
Não escaparás as trevas
O fogo, os seus ramos queimará
A sua flor e suas cinzas
O vento, por fim, levará.
A maldade é uma loucura
Não ter razão é uma demência
Temer a Deus: sabedoria
Afastar-se do mal: inteligência.
Ninguém senhor do sopra da vida
Nem é capaz de lhe conservar
Ninguém tem poder sobre a morte
Nem este combate pode afastar.
IV
Mas os rochedos mudarão
E a montanha cairá
As pedras, as águas devastarão
O vento, os restos, levará.
E pelo o quê, cintilam teus olhos?
Aonde te arrasta o teu coração?
Se o amor lhe foi, alheio a vida
Não roube a sorte a seu irmão.
Para que serve os anjos?
Será que sabem amar?
Será que conhecem o amor?
Será que podem me ensinar?
Porque esta também é uma canção de amor...
Porque esta também é uma canção de amor...
composição de S.C.
Sobre a música: É um blues, de uma visão surreal. Costurada com versos do livro de Jô e Eclesiastes. Fala de esperanças, de lutas, e do eterno conflito entre o bem e o mal. Ainda não possui versão definitiva, perdida entre duas levadas de blues: uma mais arrastada e outra mais pesada.